Há ótimas surpresas e tristes constatações (dessas ultimas falarei em momento apropriado).
Dentre as agradáveis surpresas está a Regina, esposa de S. Franciso Sá Borges, que já foi nosso síndico, aliás, muito melhor que o estrupício que nos "administra" hoje. A Regina escreve contos, na maioria infantis, mas de uma doçura tão grande que emociona.
É muito legal saber que dentre nossos vizinhos haja pessoas como a Regina.
Aventura de gatinhos
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Olá, deixa eu me apresentar: meu nome é
Ajudante de Gato Cego. Deram-me esse nome porque me acharam na rua com o meu
amigo, o gato Ceguinho, que foi vítima da maldade do bicho homem. Moro com meus
dois amigos, a Morgana e o Ceguinho, numa casa de vila. Nós três vivemos na
casa da nossa amiga Paula que nos viu na rua e nos adotou.
Bem, numa linda manhã de céu azul e muito
sol, nós, os três gatinhos acordamos, espreguiçamos, esticando bem as patinhas
da frente e depois as de trás e tomamos o leite que estava nas nossas tigelas.
Depois
de beber o leite fomos tomar sol na porta de casa. A Morgana, que é uma gata
muito vaidosa, lambia seu pelo, pois é assim que os gatos tomam banho. Você
sabe, gato é bicho muito limpinho. Enquanto eu observava o movimento da vila, o
meu amigo Ceguinho se esquentava ao sol.
Vi D. Luiza, vizinha de frente, abrir as
janelas, vi o Edu que ia para a escola carregando sua mochila, vi a D. Julia que
saia para passear com seu bebê no carrinho e... Xi!! Lá vem a D. Regina, toda
apressada, vinha fechando a bolsa enquanto andava, está sempre apressada para ir
algum lugar, mesmo assim ela não deixou de falar com a gente.
-
Bom dia gatinhos, tudo bem? Juízo hein!
E continuou andando rápido, quase correndo.
Morgana, já toda arrumada, nos chamou para
dar uma volta pela vizinhança. E lá
fomos nós caminhando pelas ruas movimentadas do bairro, até que chegamos a um
terreno baldio.
Terreno baldio é sempre um lugar muito
legal para explorar, muito mato, coisas velhas, alguns ratinhos para caçar,
latas de refrigerante que algum bicho homem mal educado jogou ali etc... Havia
uma pequena árvore ali e foi em cima dessa árvore que Morgana foi ficar.
Imagina, se ela ia sujar seu pelo recém-lambido. O Ceguinho ficou farejando o
lugar. E eu me distraía com uns ratinhos.
O Ceguinho foi andando pelo mato do
terreno, não percebeu que havia um buraco e caiiiiuuuu.
Ficou assustado sem entender o que estava
acontecendo e esperou um pouco pensando no que ia fazer. Enquanto esperava ele
ouviu uma respiração, tinha mais alguém por ali, mas de quem era essa
respiração? Ceguinho começou a ficar preocupado e nervoso, sem poder enxergar
um palmo adiante do focinho pensou que o dono da respiração poderia ser um
bicho muito maior do que ele, mas tratou de se acalmar e aguçou seus ouvidos de
gato. De repente ele percebeu que eram uma respiração forte e outras
respirações mais fraquinhas. Ficou quietinho prestando atenção. Até que ouviu
uns barulhinhos parecendo pequenos miados e lembrou-se de quando ele era
filhote com seus irmãos. Era o mesmo barulho. Ele foi cheirando, cheirando até
que chegou perto de uma caixa onde havia uma gata com seus três filhotinhos
recém-nascidos. A gata estava muito fraquinha e não tinha forças para miar. Foi
aí que Ceguinho começou a miar, miar para chamar atenção dos amigos. Miou e
miou até que seus miados chegaram aos ouvidos do Ajudante de Gato Cego, que
ouviu e lembrou que havia esquecido do amigo. Saiu procurando o Ceguinho pelo
terreno baldio. Não conseguia encontrar
o amigo. Foi chamar Morgana e os dois saíram para pedir ajuda. E os gatinhos
tiveram a ideia de pedir ajuda do Coelhão, um gato enorme e muito experiente, que
morava na casa da D. Luiza.
Falaram com Coelhão que prometeu ajuda-los.
Coelhão foi procurar D. Luiza. Ela estava na cozinha preparando almoço. Ele
chegou perto dela miou, passou pelos pés dela, mas ela estava muito ocupada
para dar atenção pro Coelhão. Aí ele resolveu miar mais alto e arranhar de leve
a perna da D. Luiza, que por fim falou com o seu gatão.
-Que foi Coelhão, você parece aflito!
Coelhão miava e dava voltas ao redor de D.
Luiza, deixando-a preocupada. Até que Coelhão fez com que D. Luiza o seguisse
até o terreno baldio. Chegando lá encontraram o Ajudante e Morgana. D. Luiza
começou a entender o que estava acontecendo quando percebeu que faltava o
Ceguinho. Olhou em volta e um miado longo chamou sua atenção e ela se dirigiu
para onde vinha o som do miado. Vinha de um buraco e espiou dentro do buraco,
logo viu e reconheceu o Ceguinho. Conseguiu descer para pega o animalzinho, foi
quando avistou a caixa com a gatinha e os três filhotinhos.
- Que gatinho valente! Disse D. Luiza para
o Ceguinho.
D. Luiza pegou o Ceguinho no colo fez um
carinho nele e o levou para junto dos amiguinhos. Pegou a com cuidado a caixa
com a gatinha e os filhotinhos e foi para casa seguida por Ceguinho, Ajudante
de Gato Cego, Morgana e Coelhão.
Chegando em casa com a caixa e a nova
família de gatos D. Luiza
tratou de dar um leitinho morno para a mamãe gata, arranjou uma caminha quentinha e confortável para ela e os filhotinhos.
tratou de dar um leitinho morno para a mamãe gata, arranjou uma caminha quentinha e confortável para ela e os filhotinhos.
E assim D. Luiza adotou a gatinha e seus
filhotes. E o número de gatos cresceu naquela vila.
Agora são: Morgana, Ajudante de Gato Cego,
Ceguinho, Coelhão, Marian, a gatinha mãe, e os três filhotes: Athos, Porthos e
Aramis.
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