quinta-feira, 31 de julho de 2014

Tomando Posição

René Amaral

Sou novato demais para dar pitaco coerente sobre política Petropolitana, mas arrisco.
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Cheguei aqui quando o Mustrangi foi eleito, 2008, teria votado nele (votei em 2012) por que, em situações onde não consigo me posicionar com clareza, parto para a opção historicamente menos ruim, para depois não ter que arrancar as calças pela cabeça, histericamente arrependido de ter feito merda, ou votado nela.
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Nunca me filiei a partido, voto no PT desde sua fundação, mas, depois da farsa do mensalão, comecei a variar meus votos, não por achar o PT corrupto, ou mais corrupto que os outros, mas por considerá-lo naive e sonhador, inexperiente na política real (aquela de maioria proporcional, muito além de ideologias e ideais).
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Não se faz aliança com PTB, Roberto Jefferson, Garotinho e as demais legendas de aluguel (a maioria delas) mas se tiver que fazer, cerque-se de cuidados: fotos, filmes, gravações, canja de galinha e armas contra aliados alienados nunca são demais, e nisso o PT errou, feio.
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Por isso votei, desde 2006, no PSOL para senador, deputado Federal e estadual, presidente só Lula, ou quem ele indicasse.

Agora, devido aos fatos que se desenrolaram desde Junho de 2013, vejo que tenho que corrigir esse equívoco nesta eleição cravando PT de cima a baixo na cédula, com Mustrangi na chapa.

Os gritos insanos de "PT nunca mais", proferidos pela massa ignara (à qual estamos submissos por uma coisa falha, mas ainda insubstituível, a democracia) me alertam para o fato de que estamos presenciando a crucificação de um inocente, ou pelo menos tão culpado quanto os que o pregam na cruz.

Pois então mudei minha atitude e fico feliz de ter em Petrópolis a opção de um sindicalista sério, corajoso (não é qualquer um que peita empresas de ônibus) temperado na luta política e vitorioso num mandato sem jaça!

Voto, recomendo e trabalho de graça pra ele.

sábado, 14 de junho de 2014

Pra onde foi???

Esta administração vem se configurando como uma de equívocos, e maquiagem.

Isso se dá por que nós não temos o hábito de fiscalizar nossos gestores, nem os políticos que elegemos nem os administradores que escolhemos.

Venho acompanhando, conferindo e questionando os gastos dessa gestão, os erros não são poucos, nem baratos.

Já falei aqui do abuso nos gastos com gasolina, supostamente usada nas máquinas de sopro, já passamos dos R$ 23.000,00 em 10 meses, média de R$ 2.300,00/mês, a R$3,10/litro chegamos a 7.419 litros de gasolina, o suficiente para dar duas voltas no planeta Terra. Mesmo que essa gasolina estivesse sendo usada no carro do condomínio a quantidade não se justifica. 


Essas máquinas, se usadas 22 dias por mês, 8 horas por dia, gastariam 160 L de gasolina, R$ 496,00, com a gasolina em R$ 3,10.

Dediquei  então alguns minutos ao cálculo da arrecadação de receitas extraordinárias, aquelas que resultam da quitação de débitos anteriores parcelados ou não, os números estão abaixo, mas o espanto está aqui mesmo. 


Recebemos R$ 152.000,00 reais em receitas extraordinárias, e  mesmo assim a administração meteu a mão em R$ 50.000,00 de nossas reservas (conta poupança e investimentos). 

No início dessa gestão tínhamos R$ 69.900,00 (mais ou menos) em reservas, agora são, segundo o balancete de abril, R$ 20.000,00, dos quais não  podemos contar com R$ 6.000,00, depósito judicial que está sendo questionado, e pode não entrar.

Foram feitas muitas obras no condomínio nesses 10 meses, nem todas necessárias, ou essenciais. 


A quadra de tênis, usada por um número ínfimo de condôminos (3,TRÊS), estava danificada, ao invés de concertá-la, a administração quebrou tudo e construiu uma nova, sem consultar a nós, condôminos, como exige a convenção, em gastos  que excedam o limite de 3 TCB (taxa condominial básica). 

A piscina infantil que apresentava problemas de choques elétricos foi totalmente reladrilhada, de novo sem que pudéssemos opinar sobre a necessidade dessa intervenção. A sede está mais bem cuidada, pintada e tal, mas não dá pra ver onde foram esses R$ 202.000,00 (152.000,00 de receitas extraordinárias e 50.000,00 das reservas dilapidadas).

Enquanto isso ainda há moradores com problemas de abastecimento de água, ruas (C e H) totalmente esburacadas. A administração ao invés de concertar os problemas, aumentou-os com os ILEGAIS quebra molas,que gastamos para construir, gastamos (na justiça) para defendê-los e agora, julgados ILEGAIS, gastaremos para demoli-los, sem falar das custas das ações, com os quais arcaremos, graças ao Sr. Síndico.

Tivemos problemas diversos com segurança, firma escolhida pelo Sr.Síndico, que vem se mostrando incapaz de coibir furtos que vem ocorrendo frequentemente.Temos tido que gastar mais com custas judiciais e honorários advocatícios, já que a administração, que gosta de "bater de frente", tem criado problemas desnecessários com as comunidades do entorno!

Enfim estamos descendo a ladeira, os condôminos não residentes, alienados do que se passa, ainda apoiam a administração, mas isso só deve acontecer até a AGO, quando  o Sr Síndico avisar que quer cota extra!

Sou contra, ele que pare de gastar nosso dinheiro!


Receitas extraordinárias.

Julho 2013
Débitos anteriores e parcelamentos   8.370,28

Agosto 2013
Débitos anteriores c parcelamentos   8.238,34

Setembro 2013
Débitos anteriores c parcelamentos   9.202,18

Outubro de 2013
Débitos anteriores e parcelamenios   43.474,61

Novembro de 2013
Débitos anteriores e parcelamentos   30.101,77

Dezembro de 2013
Débitos anteriores e parcelamentos   19.204,84

Janeiro de 2014
Debitos anteriores e parcelamentos   5.342,86

Fevereiro de 2014
Débitos anteriores e parcelamentos   7.177,09

Março de 2014
Debitos anteriores e parcelarnentos   17.134,67

Abril de 2014
Débitos anteriores e parcelamentos   3,789,28

Total:                                           152.035,92

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Carta aos Vizinhos

Prezados vizinhos,
vimos por esta informar aos nossos co habitantes do Vale do Sossego, que formamos um grupo de moradores que entrou com ação na justiça contra o uso das máquinas de sopro por parte da administração. 

Essas máquinas foram compradas na atual administração e desde o início provocaram reações adversas. Elas emitem níveis ilegais de ruídos, 100 db (decibéis), 15 acima da lei municipal do silêncio, que limita em 85 decibéis a emissão, e 35 db acima das recomendações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para emissão de ruídos em Zonas Residenciais.

Lei nº 6.240 de 21 de Janeiro de 2005
A Câmara Municipal de Petrópolis decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 16 - Para os efeitos deste Código, consideram-se prejudiciais ao sossego público quaisquer ruídos:
I - que atinjam, no ambiente exterior ao recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 85 (oitenta e cinco) decibéis em período diurno e 55 (cinqüenta e cinco) decibéis em período noturno.

Quem mora fora e só vem aqui nos fins de semana nem percebe, elas só são  usadas em dias úteis. Quem mora aqui e trabalha fora também quase não sente. Mas há um grande grupo de moradores que trabalha em casa: músicos, escritores, editores, artistas plasticos, estilistas e simplesmente gente que acredita e quer morar no Vale do SOSSEGO.

Várias tentativas de diálogo com a administração foram feitas, sem resposta, e sem respeito.

Fomos então obrigados a levar nosso problema à justiça, que nos ouviu e deu razão.

O uso desta máquina infringe um sem número de direitos fundamentais, direito ao sossego (que dá nome ao nosso vale), direito à salubridade já que estas máquinas não são apropriadas para uso em pavimentos onde levantam poeira. Aqui no condomínio, devido à presença de animais soltos, a poeira tem fezes secas e pulverizadas misturadas; essa poeira levantada pelo ar da máquina encontra seu caminho para nossas casas, onde se deposita sobre tudo. Há também o direito de ter o meio ambiente preservado, essas máquinas consomem enormes quantidades de gasolina e óleo 2 tempos, altamente poluente e já proibido em motocicletas.

Na sentença preliminar o juiz reconhece nossos direitos e nos concedeu a tutela  antecipada: o condomínio tem que interromper o uso até o julgamento da ação; cada infração (individualizada) gera uma multa de R$ 5.000,00; ao final da ação, os valores gastos com honorários e custas judiciais serão revertidos à parte ré, e com certeza, devido ao peso das provas e do teor da própria sentença liminar, temos certeza da vitória. Neste caso não pedimos indenização, só o ressarcimento das custas.

Processo nº:
0001323-07.2014.8.19.0079
Tipo do Movimento:
Decisão
Descrição:
Considerando o teor dos dois vídeos existentes no CD de fls. 28, defiro o pedido de antecipação de tutela, nos termos em que formulado, sob pena de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por cada descumprimento. Designo audiência especial de conciliação para o dia 05/08/14, às 15:00 horas. O prazo de contestação começará a correr após a audiência. Cite-se. Intime-se. P.
A tentativa da administração de criar um clima de FlaX Flu, recolhendo assinaturas é risível. O que está em jogo é uma questão de direito e não de politica, colham-se 500 assinaturas, colham-se 5.000, que o nosso direito não será diminuído.

A administração parou, mas vários moradores ainda recorrem a essa máquina infernal, talvez desconhecedores dos malefícios, ou iludidos por uma falsa noção de modernidade e eficiência. O Ministério Público vai ser notificado e vai ser trazido ao  âmago da questão, com maiores poderes para coibir esse tipo de abuso.

Nossa carta a vocês, então, é só um pedido de conscientização, para que se pare com o uso dessa máquina, mas estamos dispostos (porém não desejosos) a usar os mesmos meios para fazer respeitar nossos direitos. Com a decisão do juiz favorável a nós, criaremos jurisprudência, qualquer ação que impetremos será acatada com base nessa decisão. Sendo também possíveis, e bem menos custosas (a nós), a denuncia à Fiscalização de Posturas da Secretaria da Fazenda, que multa os infratores com o maior gosto e prazer.

Esperamos que os moradores demonstrem um pouco mais de bom senso que a administração, que nos ignorou e levou a tomar medidas drásticas.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Uma Administração de Equívocos (pra dizer pouco)



A administração vem desperdiçando concreto nos "alargamentos" de pista que vem fazendo, tem que explicar pra eles que os buracos (e não são poucos) estão NO MEIO DAS RUAS, e não nas laterais!
E como se vê em duas das fotos, cimentar a árvore é crime ambiental! 
Teria que ter sido feito um canteiro para a árvore!
Mas esperar algum indício de ambientalismo nesta administração está mais difícil que encontrar cabelos, na cabeça de vocês sabem quem!



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Indulgências Ambientais

A Administração criou um comitê de Ambientalismo!!
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Uma medida COSMÉTICA! Verdadeira Indulgência Ambiental(*).
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Engraçado isso, na administração que mais desmatou nos últimos anos!
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Acho que a primeira atitude deste comitê deveria ser acatar a decisão judicial de proibir as máquinas de sopro, afinal poluem o ar (com a queima de gasolina e óleo 2 tempos), poluem nossos ouvidos (com 100 decibéis ilegais de zoeira) e nossas casas com poeira e fezes de animais pulverizadas!
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Vamos lá cambada, pedir à Comissão que trabalhe DE VERDADE pelo meio ambiente, ao invés de ser uma tentativa de marquentigue político sem nenhum efeito real!
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(*)Indulgências eram um artifício da igreja católica medieval (mas ainda válidos hoje em dia!!!) onde pecadores ricos COMPRAVAM perdão para seus pecados em e$pécie, até vagas cativas no paraíso eram VENDIDAS.
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Indulgências Ambientais são medidas cosméticas para parecer que se faz alguma coisa, quando na realidade nada se faz ou realiza.
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Plantar mudinhas de árvores, por exemplo, não é preservação ambiental, preservação é impedir ou coibir a derrubada das árvores que temos, e que foram arduamente plantadas e conservadas desde a década de 80.
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O Vale é um exemplo de recuperação e reflorestamento. Na década de 80, conforme foto apresentada numa AGE pelo Marcos Carneiro, um pasto devastado.
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Reflorestar um pasto, onde o pisoteamento comprimiu e adensou o solo, dificultando o germinar de sementes novas, é tarefa hercúlea, e aqui ela foi bem executada. 

A Administração entretanto vem desmantando áreas (como por exemplo na esquina das Ruas C e D), e cobrindo com GRAMA. 

A grama é verde, mas passa longe de ser ambientalmente amigável, ela acaba com várias espécies menores, que servem de alimento para espécies maiores, insetos que alimentam Jacus e Maritacas por exemplo, que acabam se mudando daqui para outros lugares!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Abusos Abusos Abusos




Agora o abuso chegou nas guaritas, os vigilantes, que nem nossos funcionários são (são terceirizados), foram instruídos a parar todos os carros de moradores para pedir assinaturas para que as maquinas infernais possam voltar a funcionar!
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Será que a administração não leu a inicial da ação?
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Será que ele ignora que a questão não é eleição para síndico?
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Não  interessa quantas assinaturas ele consiga, a tutela (para parar com o abuso das máquinas) foi concedida por que o juiz compreendeu, através das fotos e filmagens que fiz, que o uso da máquina desrespeita uma série de preceitos legais: o direito ao sossego, a preservação do Meio Ambiente, o direito à salubridade e etc…
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Você que assinou essa besteira deveria saber que essas máquinas sopram titica em pó para dentro de suas casas, com problemas diversos.
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A desculpa da administração de que as maquinas precisam ser usadas por que foram compradas não se sustenta! 
Foram compradas sem que fossemos consultados, sem que a compra (por valores que excedem a dotação da administração) fosse autorizada, foram compradas sem que ao menos fossem necessárias.
S. Cláudio e sua vassoura faziam o mesmo trabalho, sem o custo de R$ 4.000,00 por mês de gasolina, valor pago  em Janeiro e de novo em Março que supera em muito o valor de compra dos 160 lt de gasolina que seria o consumo normal dessas porcarias se usadas o dia  inteiro 22 dias por mês,para onde anda indo essa gasolina? 

Para onde anda indo nosso dinheiro?

domingo, 1 de junho de 2014

Quebra Molas e Cancelas, ILEGAIS



Mais um revés para uma administração que se caracteriza pelo desrespeito. O condomínio foi condenado a tirar os quebra molas e cancelas. 


Tudo foi feito de maneira errada e ilegal.

Se tivéssemos seguido o Plano de Ação elaborado em AGE em 2012 e DIALOGADO com as comunidades no entorno e a Prefeitura, com a intermediação do MP, teríamos conseguido, sem atritos desnecessários, conflitos e gastos exorbitantes, um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que nos permitiria manter as cancelas e controlar o trânsito aqui no condomínio.

Agora, depois de gastar uma "baba" para fazer os quebra molas, e comprar cancelas, temos que demolir tudo e inutilizar as cancelas, e tudo saindo do nosso bolso!


Quem gosta de bater de frente acaba com a cara amassada!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Oito direitos humanos fundamentais do trabalhador

Blog Direitos Humanos no Trabalho
Depois de quase trinta anos trabalhando nas sucursais brasileiras de grandes e importantes multinacionais, nos últimos seis ou sete anos fui trabalhar em uma consultoria especializada em desenvolver e implantar mecanismos de proteção dos direitos humanos no ambiente de trabalho.  Os clientes continuavam sendo as filiais locais de multinacionais cujas matrizes queriam garantir que, em suas sucursais em outros países, não ocorria nenhuma violação de direitos humanos que pudesse macular a sua imagem internacional. O episódio da Nike, acusada de utilizar trabalho infantil no Afeganistão e que quase a levou a falência, alertou a todas do risco que corriam, sobretudo nas suas sucursais na América Latina e na Ásia.
O papel da nossa consultoria era avaliar as operações dos nossos clientes, seu nível de aderência à legislação trabalhista brasileira e a existência de políticas que protegessem os trabalhadores de qualquer violação a oito quesitos que classificamos como “direitos humanos fundamentais” dos seus empregados. Nosso trabalho envolvia  avaliação do ambiente físico de trabalho , análise de documentação,  visitas aos sindicatos e entidades de classe e, sobretudo, entrevistas confidenciais com os empregados. Essa avaliação era feita pelo menos uma vez por ano e, se constatado algum desvio, a empresa obrigava-se a adotar as medidas corretivas que recomendávamos.
Para definirmos os direitos humanos fundamentais, baseamo-nos nos principalmente nas orientações da OIT – Organização Internacional do Trabalho e em diversos outros organismos e protocolos internacionais, como s SA8000, a NBR16000 ou a ISO26000.
1.     Trabalho Infantil - a empresa não deve ser envolver ou apoiar de qualquer forma o trabalho infantil (abaixo de 16 anos). Na hipótese de serem encontradas crianças trabalhando, a empresa deve formalmente comprometer-se a afastá-las do trabalho e assumir os encargos de sua educação até que complete 16 anos, sem interromper o pagamento de sua remuneração. É possível admitir jovens trabalhadores – entre 16 e 18 anos – em condições especiais de trabalho que, entre outras coisas, não prejudiquem seus estudos. A empresa deve assegurar que sua cadeia de fornecedores também respeite essas limitações até o 2º. nível (fornecedor do fornecedor).
2.     Trabalho escravo ou compulsório – a empresa não deve se envolver em trabalho escravo ou compulsório na forma prevista na Convenção 29 da OIT. Qualquer trabalhador tem o direito de deixar o local de trabalho depois de cumprida sua jornada ou de interromper seu contrato de emprego quando queira, independentemente de quaisquer outras exigência. A empresa deve criar meios de garantir que esse princípio também seja observado na sua cadeia de fornecedores, pelo menos até o 2º. nível (o fornecedor do fornecedor).
3.     Saúde e Segurança no Trabalho - a empresa deve proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável e deve tomar medidas eficazes para prevenir acidentes e danos potenciais à saúde dos trabalhadores que estejam associados ou que ocorram no curso do trabalho, minimizando, tanto quanto sejam razoavelmente praticáveis, as causas de perigos inerentes ao ambiente do local de trabalho. A empresa deve estabelecer sistemas para detectar, evitar ou reagir às ameaças à saúde e segurança do pessoal com especial ênfase às mulheres grávidas ou mães recentes.  A empresa também deve proporcionar condições de trabalho confortáveis, com acesso fácil a água potável e instalações sanitárias adequadas.
4.     Liberdade de Associação e negociação coletiva - todo empregado deve ter o direito de formar, se associar e organizar sindicatos ou associações de sua escolha e de negociar coletivamente com as empresas através dessas organizações. A empresa deve respeitar este direito e deve eficazmente informar ao pessoal que eles são livres para se associarem a uma organização de sua escolha e que, ao fazerem assim, isto não irá resultar em quaisquer consequências negativas para eles ou em retaliação por parte da empresa. A empresa não deve de nenhuma maneira interferir com o estabelecimento, funcionamento ou a administração de tais organizações de trabalhadores ou da sua negociação coletiva.
5.     Discriminação - a empresa deve garantir que não exista qualquer discriminação na contratação, remuneração, acesso a treinamento, promoção, encerramento de contrato ou aposentadoria, com base em raça, origem nacional ou social, classe social, nascimento, religião, deficiência, sexo, orientação sexual, responsabilidades familiares, estado civil, associação a sindicato, opinião política, idade ou qualquer outra condição que poderia dar ensejo à discriminação.  A empresa não deve permitir qualquer comportamento que seja ameaçador, abusivo, explorador ou sexualmente coercitivo, incluindo-se gestos, linguagem e contato físico e, quando aplicável, nas residências e outras instalações fornecidas pela empresa para uso pelo pessoal.
6.     Práticas disciplinares - a empresa deve tratar todo o pessoal com dignidade e respeito. Não deve se envolver ou tolerar a utilização de punição corporal, mental ou coerção física e abuso verbal das pessoas. Não se permite tratamento rude ou desumano. A empresa deter ter regras claras para suas medidas disciplinares e elas devem ser do conhecimento de todos. O empregado terá sempre o direito de apelar da punição eventualmente recebida.
7.     Jornada de Trabalho – a jornada semanal de trabalho deve ser a estabelecida em acordo sindical, mas não pode exceder às 44 horas semanais previstas na legislação.  Jornadas especiais, turnos de revezamento ou horários diferenciados podem ser admitidos em condições excepcionais, desde que suportados por acordo sindical específico e, em nenhuma hipótese, deverão configurar uma carga de trabalho exaustiva.
8.     Remuneração - a empresa deve assegurar que os salários pagos a seus empregados estejam alinhados com os padrões de mercado e que sejam suficientes para atender às necessidades básicas de subsistência e proporcionar alguma renda extra.
Para ser considerada uma empresa que respeita os direitos humanos de seus empregados, além de atender a esses quesitos específicos, deve dispor de um canal confidencial de comunicação, onde empregados possam fazer denúncias sem correr riscos de represálias de qualquer natureza. E a empresa tem o compromisso de apurar todas as denúncias e, quando necessário, adotar medidas corretivas.
Não é fácil, para as empresas, atender a essas exigências e mantê-las ao longo do tempo.  Das dezenas de empresas que procuraram nossa consultoria, muitas decidiram nem iniciar o processo; outras, desistiram no meio do caminho; e dá para contar nos dedos as que levaram o processo até o final. E que podiam afirmar hoje, sem receio, que respeitam os direitos humanos de seus empregados.
Essas poucas empresas garantem-nos estarem recompensadas pelo esforço feito. Adquiriram a preferência dos consumidores, a confiança dos investidores e o reconhecimento de seus empregados.
Caiubi Miranda

sábado, 24 de maio de 2014

Primeira Vitória, e é Só a Primeira,

Condomínio PROIBIDO pela justiça de usar maquinas de sopro


René Amaral


O  condomínio está PROIBIDO de usar as infernais maquininhas até o  julgamento da causa!

Esse é um dos pontos em que o Sr.Síndico me acusa de difamá-lo. 


Na ação que move contra mim ele ignora a lei federal e a municipal, que limita em 85 db (85 decibéis) a emissão de ruídos no Município de Petrópolis.

Na maior cara de pau e ignorância da lei, ele diz que as máquinas funcionam dentro do permitido pela lei municipal do silêncio.

Essas máquinas, segundo o manual de especificações técnicas, emitem 100 db de zoeira e desrespeito com o condômino, sem conseguir eliminar as folhas no chão!

Um juiz já aceitou nossa demanda e nossas provas, o outro, que vai julgar a ação que ele move contra mim, também aceitará.

Outras surpresas estão a caminho



Processo nº:
0001323-07.2014.8.19.0079
Tipo do Movimento:
Decisão
Descrição:
Considerando o teor dos dois vídeos existentes no CD de fls. 28, defiro o pedido de antecipação de tutela, nos termos em que formulado, sob pena de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por cada descumprimento. Designo audiência especial de conciliação para o dia 05/08/14, às 15:00 horas. O prazo de contestação começará a correr após a audiência. Cite-se. Intime-se. P.



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Soprando Dinheiro Pra Longe!



Este mês, de novo, o abuso com valores gastos com enxugamento de gelo!

É,  é a gasolina "usada" nas máquinas de sopro, dinheiro queimado, jogado fora pra satisfazer a vaidade de alguém, ou,quem sabe, sua paranoia de limpeza ocasionada por TOC!


HUSQVARNA 570BTS
o vilão da zoeira e do desperdício
R$ 3.989,00 gastos à toa, mas…peraí!!!!!!!!… a gente já fez essa conta antes, três mil novecentos e oitenta e nove reais é dinheiro para caramba em gasolina.

A gente sabe que essas máquinas consomem algo em torno de 4 litros de gasolina/dia, se usada 20 dias por mês consumiria 80 
litros.

Temos duas máquinas, e chegamos a 160 litros de gasolina por mês para esse serviço totalmente desnecessário.

Com os R$ 3.989,00 dá pra comprar, a R$ 2,90/litro, 1.375 litros de gasolina!!!

De novo mandamos um carro do  Oiapoque ao Chuí, ida e volta, com sobra!

Será que nego anda bebendo gasolina?

Fazendo as contas desde o início dessa (indi)gestão é que a gente se apavora mesmo

Jul
R$    226,12
Ago
R$ 1.245,83

Set
R$2.688,40
Out
R$ 1.715,06
Nov
R$ 2.730,00
Dez
R$ 2.105,46
Jan14
R$ 4.013,43
Fev14
R$ 2.325,12
Mar14
R$ 3,989,53

Total
R$ 21.039,00

Trabalhando com um preço médio de R$ 2,80/ litro, chegamos à exorbitância de 7.513 litros de gasolina.

Num carro bem regulado, fazendo uns 12 Km/L daria para percorrer perto de 90.000 Km. 

90.000Km é mais que o dobro da circunferência do planeta terra (40 075 km.).

Quer dizer que já  financiamos gasolina para duas voltas e 1/4 no planeta!!!!

Isso sem sair do lugar,  ou produzir nada. 

Bem usados, esses ricos reaizinhos pertencentes a NÓS, dariam para concertar um sem número de buracos em nossas depauperadas ruas.

Mesmo que toda a gasolina usada pelo condomínio estivesse nessa conta, ela não fecha, não bate, mas quem continua apanhando somos nós!



A Lua é o Limite!


Seguindo ainda os ensinamentos do conselheiro Acácio voltei minhas atenções para a rubrica "Manutenção Viária" de nossos balancetes.

Aqui a coisa fica meio turva, o mínimo que se pode dizer das prestações de contas da administração é que ela tem sido meio displicente nesse quesito, já que até o aluguel de caminhão para retirada de lixo foi incluída várias vezes nesse item. Mesmo assim somei só os valores que tinham a rubrica "manutenção viária", já que o desperdício com o aluguel do caminhão e outros veículos foi tratado em postagem anterior; cheguei a estonteante quantia de R$ 24.667,78 entre os meses de julho/13 a janeiro/14. 


Isso foi gasto em 7 meses, sem tapar um único buraco sequer, como se pode ver nas fotos tiradas somente nas ruas C e H, as que estão em piores condições.

Essa exorbitância, possivelmente, teria sido gasta tão somente nos meio-fios cosméticos que adornam as laterais de nossas ruas sem calçadas; e também, possivelmente, naqueles quebra-molas da discórdia que um dia veremos demolidos, ilegais e mau feitos que são! 


Ao invés de gastar nosso rico dinheirinho melhorando as condições de tráfego em nossas vias, ele foi gasto na piora das mesmas, já que os famigerados quebra-molas fazem mais estrago aos nossos carros que os buracos que ficaram esquecidos para trás.

Enfim é uma administração de buracos, buracos nas ruas, no orçamento, nas contas…

Quando se quer atingir o céu, muitas vezes acabamos numa das crateras da Lua, ou das ruas do Vale do Sossego!

Alguns Exemplos:
Rua H em frente à minha  casa


ainda rua H

Mais Rua H

Rua C em frente ao Solar do Vale, esse é digno da lua




quinta-feira, 8 de maio de 2014

Nossa Segurança. Sua Alma Sua Palma

René Amaral

Sem tecer aqui comentários mais alongados sobre a Estilo, podemos fazer uma análise do erro crasso da administração quando da substituição da SERVPLAN pela Estilo. Erro esse confirmado pelos recentes eventos em que em menos de 15 dias dois furtos foram registrados no Loteamento Vale do Sosssego.

1) Uma das razões da substituição foi que a Estilo era mais barata. 

Mais barato em termos de segurança é a pior desculpa que se pode arranjar; na maioria das vezes, casos, produtos e serviços, "mais barato" é sinal de qualidade inferior. 
Músculo, peito e acém são mais baratos que mignon, contrafilé, alcatra e picanha. Mas responda rápido, pra fazer churrasco qual você prefere?

2) Ao substituirmos a SERVPLAN jogamos fora anos de relacionamento comercial nos quais, se houve falhas, foram pontuais e corrigidas. Já houve casos de furtos por aqui, mas na maioria dos casos desvendados (ou não), a ação era interna, com caseiros e prestadores de serviços com livre trânsito aqui, como os autores.

3) Ao  substituirmos a SERVPLAN nos desfizemos de funcionários que trabalhavam aqui há anos, conheciam (e eram conhecidos por) todos os condôminos e habitantes das redondezas que trafegam pelo Vale, sabiam a quem franquear passagem sem mais delongas, e a quem deveriam indagar destino.

4) A SERVPLAN tinha uma baixíssima rotatividade de funcionários.

Desde que comprei meu terreno e comecei a frequentar,  e depois morar, não me lembro de ter visto gente nova, ou da demissão deste ou daquele funcionário. 


Já a Estilo, com uma estrutura muito menor que a concorrente, registra uma rotatividade de quase 80%. Dos que  começaram a trabalhar aqui quando firmado o contrato perto de 80% saíram, e foram substituídos por gente nova. 

Um conhecido meu, que está prestando serviços de pintor aqui em casa, me contou que preencheu ficha na Estilo, pra ficar na fila por uma vaga. Um belo dia recebeu ligação para se apresentar imediatamente, pra começar a trabalhar naquele mesmo dia (antes dos trâmites trabalhistas serem ao menos iniciados) sem o menor treinamento.

Enfim, os erros (crassos) dessa administração começam a se acumular, com o devido prejuízo para nós condôminos, que estamos pagando as contas (no caso da D.  Márcia, proprietária da ultima casa a sofrer furto, duplamente).

P.S. Tudo isso que se lê acima foi levado ao síndico, por mim, em conversas informais (quando ele ainda me dava a honra de me ouvir), e tudo foi recebido por ouvidos moucos e tiradas irônicas, carentes de factualidade e humor!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Rouba, mas faz

Ademar de Barros é lembrado por suas obras e pelas várias suspeitas de desvio de dinheiro público

Marli Guimarães Hayashi

Uma das “tradições” da política brasileira é a do “rouba, mas faz”, sobre o governante que enfrenta denúncias de corrupção ao longo do mandato, mas é querido pelo povo por causa das obras que realiza. Ex-governador de São Paulo e ex-prefeito da capital paulista, Ademar de Barros (1901-1969) até hoje é identificado com esse “lema”. Entre o início de sua carreira como deputado estadual, em 1934, e sua cassação pelo regime militar, 32 anos depois, ele colecionou feitos administrativos, suspeitas de desvio de dinheiro público e muita polêmica. 

Nascido em Piracicaba em 22 de abril de 1901, Ademar já era médico, tinha o brevê de piloto de avião e estava casado quando entrou para a política, em 1934. Recém-chegado da Argentina, onde se exilou após participar do movimento constitucionalista de 1932 – organizado pelos paulistas para a convocação de uma Assembleia Constituinte pelo presidente Vargas –, foi convidado a se candidatar a deputado estadual na Constituinte de 1934 por um tio, José Augusto de Resende, chefe de uma seção regional do Partido Republicano Paulista. Ademar respondeu que aceitaria a oferta, mas anunciou que deixaria o cargo três meses após assumi-lo para voltar à medicina. 
Ademar foi eleito, ocupou sua cadeira na Assembleia Legislativa, e após três meses teve a promessa cobrada pelo tio. Respondeu que cumpriria o mandato até o fim: “Tomei gosto pela danada”, ou seja, a política.

A “danada” levaria Ademar longe em pouco tempo. O salto foi dado em 1937, quando Getulio Vargas (1882-1954) inaugurou a ditadura do Estado Novo. O Senado, a Câmara e as Assembleias Legislativas foram fechados e os partidos, extintos. E mesmo tendo feito discursos pouco elogiosos a Vargas na tribuna, o então deputado foi nomeado interventor (cargo equivalente a governador) de São Paulo em abril de 1938. 

A explicação mais aceita é que Filinto Müller (1900-1973), chefe da polícia do Estado Novo, foi o responsável pela escolha. Uma reportagem feita pelo jornal Diário de Notícias anos depois, em 28 de setembro de 1955, revelou a versão que corria até entre os amigos do político paulista: a interventoria teria sido uma retribuição de Filinto por serviços prestados após a instalação da ditadura, quando Ademar denunciou supostos conspiradores à polícia. Segundo Alzira Vargas no livro Getúlio Vargas, meu pai, o próprio Vargas respondeu, em uma entrevista, que não havia seguido nenhuma indicação ao nomeá-lo, mas acabou revelando: “Suspeito que ele era protegido de Filinto”. 

Durante o período em que foi interventor, entre 1938 e 1941, Ademar começou a acumular lendas em torno da sua figura. Após poucos dias no cargo, em 1º de maio de 1938, o jornal Correio Paulistano publicou uma nota comentando que, em São Paulo, era sabido que ele começava a trabalhar cedo e ia até altas horas. A fim de comprovar o boato, um repórter do jornal teria ligado às duas horas da madrugada para o Palácio e o próprio interventor teria atendido o telefone, dizendo que estava no trabalho desde as sete da manhã do dia anterior.

Era o início de uma intensa propaganda, veiculada pelo próprio Ademar e por assessores, que caracterizaria o político. Sua ideia era consolidar a figura de administrador competente, realizador de grandes obras públicas e, devido à sua formação médica, político de preocupação social. Destacava-se a execução de “obras titânicas”, como a construção das rodovias Anchieta, iniciada em 1939, e Anhanguera, em 1940, e do Hospital das Clínicas, que começou em 1938. As obras do Aeroporto de Congonhas teriam se iniciado em 1936, mas a propaganda ademarista divulgava que Ademar teria sido responsável por várias obras e remodelações do aeroporto. Um admirador do político, Alvaro José de A. Franco Ribeiro, autor do livro Lápides e aspectos: São Paulo na iniciativa de um estadista famoso, declarou que visitar São Paulo sem ver as obras de Ademar era como ir ao Vaticano e não ver o papa. Leonor Mendes de Barros (1905-1992), sua esposa, contribuía para a exaltação da imagem de Ademar organizando festas para crianças carentes no Natal, com distribuição de brinquedos, e promovendo bailes a fim de arrecadar fundos para maternidades e hospitais infantis.

Enquanto a imagem de “político que faz” era consolidada, a de “político que rouba” começava a despontar. Durante a gestão de Ademar, surgiram denúncias de peculato e enriquecimento ilícito que levaram Vargas a afastá-lo da interventoria em junho de 1941. Mas as suspeitas não impediram que em 1947 ele fosse eleito governador para um mandato que se estendeu até 1951. 

As denúncias que mais estragos causaram à imagem de Ademar saíram no jornal O Estado de S. Paulo em junho de 1954. Foi uma série de reportagens intitulada “O meu destino é o Catete”, inspirada numa frase atribuída ao ex-governador: “O meu sonho, o meu destino é o Brasil, é o [Palácio do] Catete”. Em 17 matérias, a origem da fortuna do político era questionada pelo jornalista Paulo Duarte, apontado como criador do slogan “rouba, mas faz”, embora não haja comprovação dessa autoria. A inspiração teria sido uma frase do próprio Ademar.

Entre as denúncias estava o “caso dos Chevrolets”. Em 1949, quando governador, Ademar teria comprado, com dinheiro público, 11 automóveis e 20 caminhões da General Motors. Depois de efetuado o pagamento, teria pedido à montadora que refaturasse os veículos em nome de outras empresas. Em seguida, os carros e caminhões teriam sido distribuídos a seus parentes e amigos e a firmas de sua propriedade. Cerca de 15 dias após as denúncias, o Ministério Público abriu um processo contra o ex-governador e pediu sua prisão preventiva.

Em março de 1956, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Ademar à pena de dois anos de reclusão e suspendeu seus direitos políticos por cinco anos. Mas no dia 9 de maio, o Supremo Tribunal Federal o absolveu das acusações por unanimidade.
Livre das denúncias, foi eleito prefeito de São Paulo em 1957, conquistando a única vitória eleitoral em meio a uma série de quatro derrotas num período de apenas seis anos, entre 1954 e 1960. Em três dessas eleições – duas para o governo do estado e uma para a Presidência da República –, Ademar foi vencido por Jânio Quadros (1917-1992), seu maior rival político. Na outra derrota, ele perdeu para Juscelino Kubitschek (1902-1976) na disputa pelo governo federal. 

Em 1962, finalmente Ademar superou Jânio na eleição para o governo do estado. Na campanha, ele explorou a renúncia do rival à Presidência da República em agosto do ano anterior, com apenas seis meses no cargo, e destacou tudo que não se viu durante o curto governo de Jânio: “tranquilidade”, “experiência” e manutenção da “estabilidade democrática e cristã da vida, pautada em muitos anos de luta”.

Na chefia do governo do estado, Ademar participou das articulações para derrubar o presidente João Goulart (1919-1976) e passou a colaborar com os militares que se instalam no poder em 1964. Mas essa colaboração durou pouco. Logo Ademar percebeu que os militares não pretendiam deixar o Palácio do Planalto tão cedo, frustrando seus planos de se candidatar a presidente.

O governador começou então a “bater de frente” com o novo regime. O rompimento com o presidente Castelo Branco (1897-1967) era quase certo, mas ele ainda tentou fazer alianças. Ademar teria procurado o ministro da Guerra, general Artur da Costa e Silva (1899-1969), buscando apoio para permanecer à frente do governo paulista até o fim do mandato. Em troca, sustentaria a indicação de Costa e Silva à presidência. O ministro teria falado do encontro com o presidente Castelo Branco, que afirmou: “Não cogito intervir em São Paulo, mas se o Ademar tentar qualquer movimento, eu o farei”.

Foi o que ocorreu no dia 5 de junho de 1966. O estopim foi a decisão do governo de São Paulo de continuar emitindo títulos da dívida pública e concedendo empréstimos pelo Banco do Estado. Era a desmoralização do esforço do governo federal contra a inflação. Por isso, com base no Ato Institucional nº 2, Ademar foi cassado e teve seus direitos políticos suspensos por dez anos. Aos jornalistas, o ex-governador disse estar surpreso. Não imaginou que “a mesma revolução, para cuja vitória tão decisivamente contribuí, arriscando, naquela altura, a minha vida e este próprio mandato, viesse um dia arrebatar-me os direitos políticos”.

Terminava assim a carreira de um político populista e controverso. Ele morreu de infarto na França três anos depois, em 12 de março de 1969, sem tempo de viver a reabertura e ensaiar uma volta à “danada” da política.  


Marli Guimarães Hayashi é autora da dissertação “A gênese do ademarismo (1938-1941)”, defendida na Universidade de São Paulo em 1996. 

Desfazendo as Contas



Seguindo a linha de só me concentrar em fatos trazidos nas "prestações de contas" do condomínio, resolvi dedicar um pouco de atenção ao item Aluguel de carro/caminhão. 

Quanta coisa a gente descobre só de prestar atenção a certos pequenos (mas nem tanto) detalhes, fazer contas básicas e seguir raciocínios simples.

Pegando desde julho de 2013, primeiro mês da nova administração até fevereiro (as ultimas contas apresentadas pela administração) chegamos a conclusão de que gastamos com aluguel de carros (caminhão para coleta de lixos diversos e um Strada prata que transporta sei lá o que) o estarrecedor valor de R$ 31.330,80, mais que suficiente para a compra de um Strada Working sem nenhum adicional como Ar, som direção hidráulica etc!

Com este valor gasto, poderíamos ter dado entrada na compra de um caminhão novo, e não me venham com a desculpa de que terceirizado é melhor por conta de custos de manutenção etc, um caminhão novo vem com 5 anos de garantia! A terceirização só é economicamente viável para grandes frotas de veículos,  aqui nós só precisamos de um caminhãozinho básico que sirva para o transporte de funcionários e recolhimento de lixo doméstico/verde dentro dos limites do condomíno!



Em 7 meses nós pagamos aproximadamente o equivalente a metade de um caminhãozinho desses na foto. Um Kia Bongo, que custa R$ 63.000,00 perfeitamente apropriado às nossas necessidades. Em dois anos ele  estaria pago e ainda com pouco depreciamento para revenda, ou como entrada na troca por um novo.

Não cheguei a fazer consultas bancárias mas teríamos uma despesa mensal em torno de uns R$3.000,00 de prestações, muito menos que o que vem sido gasto no aluguel do caminhão e do strada prata (quero ver as notas fiscais desse aluguel do Strada na AGO, tá sinhô síndico?)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Brochou!



Acabou que a propalada manifestação no trevo de Araras não aconteceu!!!
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Apareceu um arauto dos céus em seu cavalo Branco e disse ao povo,

cancelai o protesto, ó seres do Buraco do Sapo,
eu vim dos céus e prometo que só Deus sabe quando a sua passarela vai sair,

e se Deus sabe,

é por que vai acontecer,

não importa quando,

E para de perguntar
!

Ainda as merdas das maquininhas de sopro, PASMEM

Como se não bastasse o custo altíssimo da limpeza cosmética das folhas secas, ainda por cima nos deparamos com o alto nível de poluição que as mesmas provocam. Além da poeira impregnada de coliformes fecais que entra em nossas casas, dos gases da queima da gasolina e a fumaça do óleo 2T, essas maquinas infernais ainda produzem nível de emissão de ruídos (100db) que corresponde quase ao dobro do permitido em áreas residenciais (55db).


POLUIÇÃO SONORA - Qual o limite?


Pode ser a festa do vizinho, o bar da esquina ou, pior ainda, um potente som na mala de um carro, sem falar dos ruídos contínuos provocados pelo funcionamento normal de atividades empresariais, principalmente industriais. O fato é que, na vida moderna, estamos constantemente expostos à poluição sonora.
Contrário ao que se pensa, a poluição sonora não é um mero problema de desconforto acústico. Na medida em que causa incômodos ao bem-estar, tais como dificuldade de concentração e desenvolvimento das atividades diárias, irritação, cansaço e nervosismo, além de prejuízos à saúde com distúrbios do sono, distúrbios gástricos, alteração da capacidade auditiva, dor de cabeça e tonturas, a poluição sonora figura como grave responsável pelo estado cada vez mais desgastante da vida humana nos centros urbanos. Ela tem se tornado uma inimiga feroz da sadia qualidade de vida, de sorte que combatê-la não é uma luta secundária, mas sim primordial à finalidade de proporcionar estado físico e emocional saudável.
Por isso que, visando o conforto da comunidade, a Resolução nº 1, de 8 de março de 1990, do Conselho Nacional do Meio Ambiente estabeleceu que a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá, no interesse da saúde e sossego públicos, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Sabe-se que a partir de 40dB(A) os ruídos são ‘moderados’, acima de 65dB(A) passam a incomodar o ouvido humano e além de 80dB(A) são considerados ‘fortes’, sendo o nível sonoro de 120dB(A) considerado ‘insuportável’ para o ouvido humano”. Assim, em áreas predominantemente residenciais, o nível de ruído, que é medido em decibéis, não poderá ultrapassar 55dB(A) durante o dia e 50dB(A) à noite.
Em Pernambuco, a Lei nº 12.789, de 28 de abril de 2005, estabeleceu três horários para o controle da poluição sonora: o diurno das 07 às 18 horas; o vespertino das 18 às 22 horas e o noturno compreendido entre as 22 e 07 horas, limitando os níveis máximos de ruído aceitáveis nesses horários, para áreas residenciais em 65dB(A), 60dB(A) e 50dB(A), respectivamente, ficando o infrator sujeito a multas, bem como a interdição da atividade, fechamento do estabelecimento, embargo da obra e apreensão da fonte ou do veículo (art. 10), cabendo essa fiscalização à municipalidade e, na sua ausência, ao poder executivo estadual.
Ademais, o Novo Código Civil Brasileiro assegura ao proprietário usar, gozar e dispor dos seus bens, mas deve fazê-lo de modo a não colocar em risco a promoção do bem comum (art. 1.228). O direito de propriedade deve ser exercido, portanto, em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas”. Nem poderia ser diferente, em virtude das disposições expressas, contidas no artigo 5º, inciso XXIII, da Constituição Federal no sentido de que “a propriedade atenderá a sua função social” e as atividades econômicas observarão “a função social da propriedade” e a “defesa do meio ambiente” (artigo 170, incisos III e VI).
A inobservância dessas normas poderá resultar em danos materiais e extrapatrimoniais para os lesados. Isto porque o dano ambiental também pode ter um caráter individual ou pessoal, a exemplo do caso em que apenas uma pessoa ou um grupo de pessoas é diretamente prejudicado pelo excessivo barulho promovido com a utilização de instrumentos musicais e amplificadores de som, ao ponto de impedir que a vizinhança assista aos programas televisivos, receba e converse com suas visitas, tenha privacidade, etc. Portanto, evidenciado o constrangimento e a privação experimentados pela parte autora, na condição de vizinhos, estes fazem jus a indenização, a título inclusive de danos morais.
Ivon Pires Filho
Divisão de Direito Ambiental
Doutor em Direito Ambiental

Fonte
http://www.pires.adv.br/v2/index.php?i=artigos_inter&id=29
Abaixo as especificações da máquina dos  infernos (pode não ser exatamente o mesmo modelo mas o nível de ruídos é o  mesmo)



quarta-feira, 16 de abril de 2014

Do Oiapoque ao Chui!




Aos interessados em transparência nas contas da administração, resolvi seguir o exemplo do Conselheiro Acácio e fazer umas continhas básicas. Apesar de ser fraquíssimo em matemática ainda sou capaz de raciocínio lógico.
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Vejam só o que descobri.
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Nas famigeradas contas de Janeiro, quando tivemos um deficit de R$ 37.375,69, uma aberração mesmo na administração mais inepta que possamos imaginar, eis que me deparo com o valor gasto em gasolina nas máquinas roçadeiras e sopradeiras (essas gastam INFINITAMENTE mais combustível que as outras, pra enxugar gelo), R$ 4.013,43 (sublinhado em amarelo), mais de 10% do deficit observado no mês, o que por si só já é espantoso.
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Esse valor foi gasto em atividade TOTALMENTE SUPÉRFLUA já que minutos depois da passagem da máquina as folhas estão de volta lá no chão, porra a gente mora numa APA, uma FLORESTA!
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Mas o que espanta mesmo é a analise da quantidade de gasolina. Tirei uma média de preços, arredondando para baixo, e ignorando até um possível desconto por volume (com um provável desconto por volume, a quantidade de gasolina beiraria os 1.400 litros) computei um preço de R$ 3,00 o litro.
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Pois pasmem, cheguei a conclusão de que, em Janeiro, teríamos QUEIMADO 1.337 litros de gasolina para soprar folhas e cortar matinho!
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Ora 1.337 litros de gasolina é gasolina pacaraio.
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Com 1.000 litros de gasolina,  um carro de passeio 1.0 pode rodar na estrada (um consumo médio de 16km/l) 16.000 quilometros.
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Com 1.337 litros de gasolina um carro de passeio pode fazer a viagem do extremo norte do país, o Oiapoque, ao extremo sul, Arroio do Chui num total de 5.577 km (A Folha do Vale também é cultura) UMAS 4 VEZES.
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Temos algo em torno de 40 km de ruas no condomínio. Com esse volume de gasolina gasto para "limpar" as ruas, cortar matinho, e empoeirar nossas casas deve dar pra desmatar o vale do Sossego!
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Outro gasto exorbitante no mesmo mês foi o da construção dos quebra molas, que vamos ter que demolir segundo decisão judicial já publicada aqui.
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Já que não há descrição detalhada para essa despesa fui obrigado a deduzir o que suspeito terem sido as despesas relativas a mais essa sandice da administração, esses gastos estão sublinhados em vermelho.
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Encontramos então os valores de (pela ordem) 

R$3.154,57 (prestação de serviço, provavelmente o pedreiro, aliás valor altíssimo) 

R$ 1.252,88 Conservação e obras, 

e R$ 8.000,00 (material de construção que pode ter tido parte usada na sede, já  que areia pedra e cimento pra fazer os quebra molas não  são  tão  caros, ou são?), 

chegando a um total de R$ 12.407,45 reais (mais 30% do nosso deficit, aproximadamente).
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Descontemos algum valor gasto realmente em manutenção de ruas, como os supérfluos meios fios em vias sem calçadas e descontemos uns R$1.252,88, ainda assim são R$ 11.154,57 desperdiçados. Isso sem contar com os custos da demolição, que virá com certeza, já que o Juiz deu a CPTRANS a ultima palavra, lembrando que foi a memsa CPTRANS que os  categorizou como ilegais!.
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É dificil engolir!


Atualização, conversei  hoje com funcionários, ativos ou demitidos do Cond.  o pessoal que o síndico diz que "está trabalhando "sastifeito".

Apurei que  essas máquinas de sopro consomem em média 4 litros/dia de gasolina, são duas máquinas, que num mês com 20 dias úteis consomem 160 L de gasolina, tem que explicar onde foram parar os outros 1.177 litros! 


Lembrando que as roçadeiras gastam infinitamente menos gasolina que as sopradeiras,  e que das duas (roçadeiras) que temos, só  uma funciona!