segunda-feira, 28 de abril de 2014

Rouba, mas faz

Ademar de Barros é lembrado por suas obras e pelas várias suspeitas de desvio de dinheiro público

Marli Guimarães Hayashi

Uma das “tradições” da política brasileira é a do “rouba, mas faz”, sobre o governante que enfrenta denúncias de corrupção ao longo do mandato, mas é querido pelo povo por causa das obras que realiza. Ex-governador de São Paulo e ex-prefeito da capital paulista, Ademar de Barros (1901-1969) até hoje é identificado com esse “lema”. Entre o início de sua carreira como deputado estadual, em 1934, e sua cassação pelo regime militar, 32 anos depois, ele colecionou feitos administrativos, suspeitas de desvio de dinheiro público e muita polêmica. 

Nascido em Piracicaba em 22 de abril de 1901, Ademar já era médico, tinha o brevê de piloto de avião e estava casado quando entrou para a política, em 1934. Recém-chegado da Argentina, onde se exilou após participar do movimento constitucionalista de 1932 – organizado pelos paulistas para a convocação de uma Assembleia Constituinte pelo presidente Vargas –, foi convidado a se candidatar a deputado estadual na Constituinte de 1934 por um tio, José Augusto de Resende, chefe de uma seção regional do Partido Republicano Paulista. Ademar respondeu que aceitaria a oferta, mas anunciou que deixaria o cargo três meses após assumi-lo para voltar à medicina. 
Ademar foi eleito, ocupou sua cadeira na Assembleia Legislativa, e após três meses teve a promessa cobrada pelo tio. Respondeu que cumpriria o mandato até o fim: “Tomei gosto pela danada”, ou seja, a política.

A “danada” levaria Ademar longe em pouco tempo. O salto foi dado em 1937, quando Getulio Vargas (1882-1954) inaugurou a ditadura do Estado Novo. O Senado, a Câmara e as Assembleias Legislativas foram fechados e os partidos, extintos. E mesmo tendo feito discursos pouco elogiosos a Vargas na tribuna, o então deputado foi nomeado interventor (cargo equivalente a governador) de São Paulo em abril de 1938. 

A explicação mais aceita é que Filinto Müller (1900-1973), chefe da polícia do Estado Novo, foi o responsável pela escolha. Uma reportagem feita pelo jornal Diário de Notícias anos depois, em 28 de setembro de 1955, revelou a versão que corria até entre os amigos do político paulista: a interventoria teria sido uma retribuição de Filinto por serviços prestados após a instalação da ditadura, quando Ademar denunciou supostos conspiradores à polícia. Segundo Alzira Vargas no livro Getúlio Vargas, meu pai, o próprio Vargas respondeu, em uma entrevista, que não havia seguido nenhuma indicação ao nomeá-lo, mas acabou revelando: “Suspeito que ele era protegido de Filinto”. 

Durante o período em que foi interventor, entre 1938 e 1941, Ademar começou a acumular lendas em torno da sua figura. Após poucos dias no cargo, em 1º de maio de 1938, o jornal Correio Paulistano publicou uma nota comentando que, em São Paulo, era sabido que ele começava a trabalhar cedo e ia até altas horas. A fim de comprovar o boato, um repórter do jornal teria ligado às duas horas da madrugada para o Palácio e o próprio interventor teria atendido o telefone, dizendo que estava no trabalho desde as sete da manhã do dia anterior.

Era o início de uma intensa propaganda, veiculada pelo próprio Ademar e por assessores, que caracterizaria o político. Sua ideia era consolidar a figura de administrador competente, realizador de grandes obras públicas e, devido à sua formação médica, político de preocupação social. Destacava-se a execução de “obras titânicas”, como a construção das rodovias Anchieta, iniciada em 1939, e Anhanguera, em 1940, e do Hospital das Clínicas, que começou em 1938. As obras do Aeroporto de Congonhas teriam se iniciado em 1936, mas a propaganda ademarista divulgava que Ademar teria sido responsável por várias obras e remodelações do aeroporto. Um admirador do político, Alvaro José de A. Franco Ribeiro, autor do livro Lápides e aspectos: São Paulo na iniciativa de um estadista famoso, declarou que visitar São Paulo sem ver as obras de Ademar era como ir ao Vaticano e não ver o papa. Leonor Mendes de Barros (1905-1992), sua esposa, contribuía para a exaltação da imagem de Ademar organizando festas para crianças carentes no Natal, com distribuição de brinquedos, e promovendo bailes a fim de arrecadar fundos para maternidades e hospitais infantis.

Enquanto a imagem de “político que faz” era consolidada, a de “político que rouba” começava a despontar. Durante a gestão de Ademar, surgiram denúncias de peculato e enriquecimento ilícito que levaram Vargas a afastá-lo da interventoria em junho de 1941. Mas as suspeitas não impediram que em 1947 ele fosse eleito governador para um mandato que se estendeu até 1951. 

As denúncias que mais estragos causaram à imagem de Ademar saíram no jornal O Estado de S. Paulo em junho de 1954. Foi uma série de reportagens intitulada “O meu destino é o Catete”, inspirada numa frase atribuída ao ex-governador: “O meu sonho, o meu destino é o Brasil, é o [Palácio do] Catete”. Em 17 matérias, a origem da fortuna do político era questionada pelo jornalista Paulo Duarte, apontado como criador do slogan “rouba, mas faz”, embora não haja comprovação dessa autoria. A inspiração teria sido uma frase do próprio Ademar.

Entre as denúncias estava o “caso dos Chevrolets”. Em 1949, quando governador, Ademar teria comprado, com dinheiro público, 11 automóveis e 20 caminhões da General Motors. Depois de efetuado o pagamento, teria pedido à montadora que refaturasse os veículos em nome de outras empresas. Em seguida, os carros e caminhões teriam sido distribuídos a seus parentes e amigos e a firmas de sua propriedade. Cerca de 15 dias após as denúncias, o Ministério Público abriu um processo contra o ex-governador e pediu sua prisão preventiva.

Em março de 1956, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Ademar à pena de dois anos de reclusão e suspendeu seus direitos políticos por cinco anos. Mas no dia 9 de maio, o Supremo Tribunal Federal o absolveu das acusações por unanimidade.
Livre das denúncias, foi eleito prefeito de São Paulo em 1957, conquistando a única vitória eleitoral em meio a uma série de quatro derrotas num período de apenas seis anos, entre 1954 e 1960. Em três dessas eleições – duas para o governo do estado e uma para a Presidência da República –, Ademar foi vencido por Jânio Quadros (1917-1992), seu maior rival político. Na outra derrota, ele perdeu para Juscelino Kubitschek (1902-1976) na disputa pelo governo federal. 

Em 1962, finalmente Ademar superou Jânio na eleição para o governo do estado. Na campanha, ele explorou a renúncia do rival à Presidência da República em agosto do ano anterior, com apenas seis meses no cargo, e destacou tudo que não se viu durante o curto governo de Jânio: “tranquilidade”, “experiência” e manutenção da “estabilidade democrática e cristã da vida, pautada em muitos anos de luta”.

Na chefia do governo do estado, Ademar participou das articulações para derrubar o presidente João Goulart (1919-1976) e passou a colaborar com os militares que se instalam no poder em 1964. Mas essa colaboração durou pouco. Logo Ademar percebeu que os militares não pretendiam deixar o Palácio do Planalto tão cedo, frustrando seus planos de se candidatar a presidente.

O governador começou então a “bater de frente” com o novo regime. O rompimento com o presidente Castelo Branco (1897-1967) era quase certo, mas ele ainda tentou fazer alianças. Ademar teria procurado o ministro da Guerra, general Artur da Costa e Silva (1899-1969), buscando apoio para permanecer à frente do governo paulista até o fim do mandato. Em troca, sustentaria a indicação de Costa e Silva à presidência. O ministro teria falado do encontro com o presidente Castelo Branco, que afirmou: “Não cogito intervir em São Paulo, mas se o Ademar tentar qualquer movimento, eu o farei”.

Foi o que ocorreu no dia 5 de junho de 1966. O estopim foi a decisão do governo de São Paulo de continuar emitindo títulos da dívida pública e concedendo empréstimos pelo Banco do Estado. Era a desmoralização do esforço do governo federal contra a inflação. Por isso, com base no Ato Institucional nº 2, Ademar foi cassado e teve seus direitos políticos suspensos por dez anos. Aos jornalistas, o ex-governador disse estar surpreso. Não imaginou que “a mesma revolução, para cuja vitória tão decisivamente contribuí, arriscando, naquela altura, a minha vida e este próprio mandato, viesse um dia arrebatar-me os direitos políticos”.

Terminava assim a carreira de um político populista e controverso. Ele morreu de infarto na França três anos depois, em 12 de março de 1969, sem tempo de viver a reabertura e ensaiar uma volta à “danada” da política.  


Marli Guimarães Hayashi é autora da dissertação “A gênese do ademarismo (1938-1941)”, defendida na Universidade de São Paulo em 1996. 

Desfazendo as Contas



Seguindo a linha de só me concentrar em fatos trazidos nas "prestações de contas" do condomínio, resolvi dedicar um pouco de atenção ao item Aluguel de carro/caminhão. 

Quanta coisa a gente descobre só de prestar atenção a certos pequenos (mas nem tanto) detalhes, fazer contas básicas e seguir raciocínios simples.

Pegando desde julho de 2013, primeiro mês da nova administração até fevereiro (as ultimas contas apresentadas pela administração) chegamos a conclusão de que gastamos com aluguel de carros (caminhão para coleta de lixos diversos e um Strada prata que transporta sei lá o que) o estarrecedor valor de R$ 31.330,80, mais que suficiente para a compra de um Strada Working sem nenhum adicional como Ar, som direção hidráulica etc!

Com este valor gasto, poderíamos ter dado entrada na compra de um caminhão novo, e não me venham com a desculpa de que terceirizado é melhor por conta de custos de manutenção etc, um caminhão novo vem com 5 anos de garantia! A terceirização só é economicamente viável para grandes frotas de veículos,  aqui nós só precisamos de um caminhãozinho básico que sirva para o transporte de funcionários e recolhimento de lixo doméstico/verde dentro dos limites do condomíno!



Em 7 meses nós pagamos aproximadamente o equivalente a metade de um caminhãozinho desses na foto. Um Kia Bongo, que custa R$ 63.000,00 perfeitamente apropriado às nossas necessidades. Em dois anos ele  estaria pago e ainda com pouco depreciamento para revenda, ou como entrada na troca por um novo.

Não cheguei a fazer consultas bancárias mas teríamos uma despesa mensal em torno de uns R$3.000,00 de prestações, muito menos que o que vem sido gasto no aluguel do caminhão e do strada prata (quero ver as notas fiscais desse aluguel do Strada na AGO, tá sinhô síndico?)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Brochou!



Acabou que a propalada manifestação no trevo de Araras não aconteceu!!!
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Apareceu um arauto dos céus em seu cavalo Branco e disse ao povo,

cancelai o protesto, ó seres do Buraco do Sapo,
eu vim dos céus e prometo que só Deus sabe quando a sua passarela vai sair,

e se Deus sabe,

é por que vai acontecer,

não importa quando,

E para de perguntar
!

Ainda as merdas das maquininhas de sopro, PASMEM

Como se não bastasse o custo altíssimo da limpeza cosmética das folhas secas, ainda por cima nos deparamos com o alto nível de poluição que as mesmas provocam. Além da poeira impregnada de coliformes fecais que entra em nossas casas, dos gases da queima da gasolina e a fumaça do óleo 2T, essas maquinas infernais ainda produzem nível de emissão de ruídos (100db) que corresponde quase ao dobro do permitido em áreas residenciais (55db).


POLUIÇÃO SONORA - Qual o limite?


Pode ser a festa do vizinho, o bar da esquina ou, pior ainda, um potente som na mala de um carro, sem falar dos ruídos contínuos provocados pelo funcionamento normal de atividades empresariais, principalmente industriais. O fato é que, na vida moderna, estamos constantemente expostos à poluição sonora.
Contrário ao que se pensa, a poluição sonora não é um mero problema de desconforto acústico. Na medida em que causa incômodos ao bem-estar, tais como dificuldade de concentração e desenvolvimento das atividades diárias, irritação, cansaço e nervosismo, além de prejuízos à saúde com distúrbios do sono, distúrbios gástricos, alteração da capacidade auditiva, dor de cabeça e tonturas, a poluição sonora figura como grave responsável pelo estado cada vez mais desgastante da vida humana nos centros urbanos. Ela tem se tornado uma inimiga feroz da sadia qualidade de vida, de sorte que combatê-la não é uma luta secundária, mas sim primordial à finalidade de proporcionar estado físico e emocional saudável.
Por isso que, visando o conforto da comunidade, a Resolução nº 1, de 8 de março de 1990, do Conselho Nacional do Meio Ambiente estabeleceu que a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá, no interesse da saúde e sossego públicos, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Sabe-se que a partir de 40dB(A) os ruídos são ‘moderados’, acima de 65dB(A) passam a incomodar o ouvido humano e além de 80dB(A) são considerados ‘fortes’, sendo o nível sonoro de 120dB(A) considerado ‘insuportável’ para o ouvido humano”. Assim, em áreas predominantemente residenciais, o nível de ruído, que é medido em decibéis, não poderá ultrapassar 55dB(A) durante o dia e 50dB(A) à noite.
Em Pernambuco, a Lei nº 12.789, de 28 de abril de 2005, estabeleceu três horários para o controle da poluição sonora: o diurno das 07 às 18 horas; o vespertino das 18 às 22 horas e o noturno compreendido entre as 22 e 07 horas, limitando os níveis máximos de ruído aceitáveis nesses horários, para áreas residenciais em 65dB(A), 60dB(A) e 50dB(A), respectivamente, ficando o infrator sujeito a multas, bem como a interdição da atividade, fechamento do estabelecimento, embargo da obra e apreensão da fonte ou do veículo (art. 10), cabendo essa fiscalização à municipalidade e, na sua ausência, ao poder executivo estadual.
Ademais, o Novo Código Civil Brasileiro assegura ao proprietário usar, gozar e dispor dos seus bens, mas deve fazê-lo de modo a não colocar em risco a promoção do bem comum (art. 1.228). O direito de propriedade deve ser exercido, portanto, em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas”. Nem poderia ser diferente, em virtude das disposições expressas, contidas no artigo 5º, inciso XXIII, da Constituição Federal no sentido de que “a propriedade atenderá a sua função social” e as atividades econômicas observarão “a função social da propriedade” e a “defesa do meio ambiente” (artigo 170, incisos III e VI).
A inobservância dessas normas poderá resultar em danos materiais e extrapatrimoniais para os lesados. Isto porque o dano ambiental também pode ter um caráter individual ou pessoal, a exemplo do caso em que apenas uma pessoa ou um grupo de pessoas é diretamente prejudicado pelo excessivo barulho promovido com a utilização de instrumentos musicais e amplificadores de som, ao ponto de impedir que a vizinhança assista aos programas televisivos, receba e converse com suas visitas, tenha privacidade, etc. Portanto, evidenciado o constrangimento e a privação experimentados pela parte autora, na condição de vizinhos, estes fazem jus a indenização, a título inclusive de danos morais.
Ivon Pires Filho
Divisão de Direito Ambiental
Doutor em Direito Ambiental

Fonte
http://www.pires.adv.br/v2/index.php?i=artigos_inter&id=29
Abaixo as especificações da máquina dos  infernos (pode não ser exatamente o mesmo modelo mas o nível de ruídos é o  mesmo)



quarta-feira, 16 de abril de 2014

Do Oiapoque ao Chui!




Aos interessados em transparência nas contas da administração, resolvi seguir o exemplo do Conselheiro Acácio e fazer umas continhas básicas. Apesar de ser fraquíssimo em matemática ainda sou capaz de raciocínio lógico.
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Vejam só o que descobri.
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Nas famigeradas contas de Janeiro, quando tivemos um deficit de R$ 37.375,69, uma aberração mesmo na administração mais inepta que possamos imaginar, eis que me deparo com o valor gasto em gasolina nas máquinas roçadeiras e sopradeiras (essas gastam INFINITAMENTE mais combustível que as outras, pra enxugar gelo), R$ 4.013,43 (sublinhado em amarelo), mais de 10% do deficit observado no mês, o que por si só já é espantoso.
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Esse valor foi gasto em atividade TOTALMENTE SUPÉRFLUA já que minutos depois da passagem da máquina as folhas estão de volta lá no chão, porra a gente mora numa APA, uma FLORESTA!
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Mas o que espanta mesmo é a analise da quantidade de gasolina. Tirei uma média de preços, arredondando para baixo, e ignorando até um possível desconto por volume (com um provável desconto por volume, a quantidade de gasolina beiraria os 1.400 litros) computei um preço de R$ 3,00 o litro.
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Pois pasmem, cheguei a conclusão de que, em Janeiro, teríamos QUEIMADO 1.337 litros de gasolina para soprar folhas e cortar matinho!
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Ora 1.337 litros de gasolina é gasolina pacaraio.
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Com 1.000 litros de gasolina,  um carro de passeio 1.0 pode rodar na estrada (um consumo médio de 16km/l) 16.000 quilometros.
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Com 1.337 litros de gasolina um carro de passeio pode fazer a viagem do extremo norte do país, o Oiapoque, ao extremo sul, Arroio do Chui num total de 5.577 km (A Folha do Vale também é cultura) UMAS 4 VEZES.
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Temos algo em torno de 40 km de ruas no condomínio. Com esse volume de gasolina gasto para "limpar" as ruas, cortar matinho, e empoeirar nossas casas deve dar pra desmatar o vale do Sossego!
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Outro gasto exorbitante no mesmo mês foi o da construção dos quebra molas, que vamos ter que demolir segundo decisão judicial já publicada aqui.
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Já que não há descrição detalhada para essa despesa fui obrigado a deduzir o que suspeito terem sido as despesas relativas a mais essa sandice da administração, esses gastos estão sublinhados em vermelho.
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Encontramos então os valores de (pela ordem) 

R$3.154,57 (prestação de serviço, provavelmente o pedreiro, aliás valor altíssimo) 

R$ 1.252,88 Conservação e obras, 

e R$ 8.000,00 (material de construção que pode ter tido parte usada na sede, já  que areia pedra e cimento pra fazer os quebra molas não  são  tão  caros, ou são?), 

chegando a um total de R$ 12.407,45 reais (mais 30% do nosso deficit, aproximadamente).
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Descontemos algum valor gasto realmente em manutenção de ruas, como os supérfluos meios fios em vias sem calçadas e descontemos uns R$1.252,88, ainda assim são R$ 11.154,57 desperdiçados. Isso sem contar com os custos da demolição, que virá com certeza, já que o Juiz deu a CPTRANS a ultima palavra, lembrando que foi a memsa CPTRANS que os  categorizou como ilegais!.
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É dificil engolir!


Atualização, conversei  hoje com funcionários, ativos ou demitidos do Cond.  o pessoal que o síndico diz que "está trabalhando "sastifeito".

Apurei que  essas máquinas de sopro consomem em média 4 litros/dia de gasolina, são duas máquinas, que num mês com 20 dias úteis consomem 160 L de gasolina, tem que explicar onde foram parar os outros 1.177 litros! 


Lembrando que as roçadeiras gastam infinitamente menos gasolina que as sopradeiras,  e que das duas (roçadeiras) que temos, só  uma funciona!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O QUE FAZER QUANDO O PODER PÚBLICO NÃO FAZ


Esta senhora de blusa branca na foto à direita é Dona Ângela, presidente da Associação de Moradores do Vale do Carangola. 

Sabe aquele pessoal da comunidade vizinha descrito por alguns desmiolados como: marginais, cafajestes e infelizes, pois é, eles mesmos. 

Ela e outra componente da diretoria da Associação resolveram agir onde o poder público tem falhado.

Mas o que fizeram elas? Colocaram quebra molas ilegais na pista? Ou tentaram impedir a passagem pela via pública com cancelas e cordinhas?

Nada disso,  o problema, que afeta a quem usa a rua que passa pelo Carangola (incluindo vários de nós que não tem medo de cortar caminho por aquela comunidade pacífica), vinda da nossa guarita, é que as laterais da pista estavam cobertas de mato. Como se pode ver pelas montanhas de lixo verde retirado por elas. 

Em alguns casos a visão de quem passava de carro era encoberta e os pedestres (vários deles nossos funcionários) corriam risco de atropelamento. Quem circula por lá a pé tem que andar quase no meio da rua por causa do matagal pródigo que se formou nos dois lados da rua; por conta do descaso da prefeitura com nossa região.


Não satisfeitas de fazer o que deveria ser feito pela prefeitura, elas ainda cometeram um crime pior, resolveram levar as crianças, não para trabalho infantil ilegal, mas para aprenderem com o exemplo dos mais velhos,  a melhor forma de educação.

Enquanto essas senhoras pegavam na enxada para trabalhar, sem recompensa que não a satisfação do dever cumprido e da cidadania exercida com dignidade; nossas máquinas de varrição mecânica, queimavam gasolina e zoavam nossos ouvidos mesmo sem folhas para soprar, e nossas roçadeiras cortavam grama onde havia mata (retirada pela administração) na esquina das ruas C e D.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Dilapidação das reservas!

Consegui cópias dos balancetes desde julho, quando assumiu nosso esfuziante síndico.

Na época tínhamos em reservas (poupança e conta corrente) R$ 69.913,00. 


Agora, após os quebra molas fatídicos, construídos de forma irregular, ilegal e incompetente, que vão ter que ser demolidos por nós mesmos com mais custos ainda; depois da construção de uma quadra de tênis para o uso exclusivo de 2 (DOIS) condôminos; depois da reforma cosmética da piscina infantil, que apresentava fuga de corrente elétrica causando choques nos petizes, e exigia uma reforma na rede elétrica (com mais de 50 anos de idade) ao invés de recapeamento com ladrilhos novos; e depois dos equipamentos de jogos e outras sandices, estamos quebrados, em menos de 6 meses!

Em seis meses mais de R$ 50.000,00 foram pra vala, gastos sem nossa autorização e que com certeza levaremos meses (anos?) para repor (isso se a administração não inventar mais gastos com obras cosméticas e desnecessárias).

O Deficit de Janeiro beirou a casa dos R$ 37.375,00, dos quais mais de 10% (R$ 4.013,43) foram gastos em gasolina pra soprar folhas secas e atazanar a vida dos condôminos residentes.

Gente que entende do riscado mais que eu está estudando os balancetes para elaborar um documento com a verdade sobre nossos gastos!

Vai estar tudo na edição Pascal da Folha do Vale!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Contas de Fevereiro, O Céu Escurece Sobre Nossas Cabeças, e Não São As Águas de Março!

Conselheiro Acácio

Meu prezado René,

Recebo as contas do condomínio de fevereiro e me surpreendo agora com algumas artimanhas contábeis. 
Esse fato me deixou preocupadíssimo. 
O que estará por debaixo do tapete do Condomínio?

O leitor a essa altura estará a me perguntar: o que ocorreu de tão grave Conselheiro Acácio? 
Pois não vou de alongar mais e vou revelar. Procure onde está à linha DEFICIT DO PERÍODO que vinha sempre logo abaixo do demonstrativo do DISPONÍVEL (conferir nos demonstrativos anteriores)? 

Alguém mandou simplesmente eliminar a informação. 

Com que propósito? 

Mas como o Conselheiro Acácio não é tão "acácio" quanto parece, fez as contas e descobriu que o déficit GLOBAL do mês, mais um, foi de R$ 4.320,56, assim constituído: Déficit Ordinário: R$ 1.797,35 (receitas$ 90.666,04 x despesas$ 92.463,39) e Déficit com Gastos Específicos (determinação de AGE - Ruas e Rede de água): R$ 2.523,01 (R$ 7.177,09 de Receitas de Débitos Anteriores contra R$ 9.700,10 de gastos).

Acumulamos um déficit global de R$ 45.248,16 nos últimos três meses (48% da arrecadação média ordinária mensal).

Outro detalhe que não ficou transparente para os condôminos é o Disponível, ou seja, aquele dinheiro que temos como reserva para gastar no caso de nossa arrecadação não ser suficiente para cobrir as despesas ordinárias. 
O balancete apresenta um saldo de R$ 24.267,93, mas ocorre que desse total, R$ 6.699,95 se referem a um Depósito Judicial para cobrir uma possível indenização judicial que está sendo questionada, ou seja, é um dinheiro que não podemos dispor até que seja julgada a questão de forma definitiva. 
Com a mudança de advogado, é de se temer que a ação será perdida (foi assim no passado, todas as vezes que trocamos de advogado). 
Assim sendo, o que temos de disponível real mesmo é R$ 17.567,98, ou seja, apenas 19% da arrecadação ordinária média dos últimos três meses. 
A luz vermelha já está acesa. 
Estamos no limite, com o risco de não podermos suportar qualquer gasto extra que possa vir a ocorrer, sem termos que recorrer à cota extra.

Agrava a nossa situação o fato de não termos o balanço da conta Despesas com Melhorias do Sistema de Abastecimento de Água e Ruas, que atende a uma decisão de AGE onde TODA a arrecadação com cobranças de débitos de condôminos ajuizados ou por acordo deve ser usada, apenas e tão somente, para esses fins específicos. 
Precisamos saber quanto foi arrecadado de julho de 2013 até agora, mais o saldo que veio da gestão anterior, e a relação dos gastos efetuados nesse fim específico. 
Pelo que me consta, nenhum metro linear de nova rede de distribuição de água foi construído até agora (pelo menos não fomos informados sobre isso).


Preparemos nossos bolsos para cobrir o déficit que virá. Olho vivo porque cavalo não desce escada, diria o “filósofo” Ibrahim Sued em situações idênticas.

Comentário do blog
e ainda nem recebemos a prestação das contas de Março!

terça-feira, 1 de abril de 2014

E Tome Passaralho

…que até os cumpanheiro do Sinhô Síndico estão começando a reclamar.

Pois num é qui o dono da Estilo Segurança anda reclamando que não está ganhando dinheiro,como entreouvido numa delegacia da região por fonte que prefiro não mencionar!!!!

E o preço cobrado está cada vez mais próximo ao pago anteriormente à SERVPLAN, cujo serviço era infinitamente melhor
Só em Janeiro (já que Fevereiro e Março ainda são incógnitos) foram R$ 27.765,00.

Taxa extra a vista gente!!! 


Já a ronda eu não vejo há muito tempo!